não via ninguém. perdi-me de gente na rua cheia e tão mais ausente. quando a subir, a fugir de tudo a cara caiu qual estátua de espanto! palavras metidas em caixas, páginas em branco, bebi do gelo quente com as unhas afio e arranho o quadro, guincho e aperto os braços grito num arrepio. sou um tijolo num suporte de areia que ao sol derreteu num espelho polido o reflexo que tem é um júri calado revela quem se havia enganado. palavras metidas em caixas, páginas em branco, bebi do gelo quente com as unhas afio e arranho o quadro, guincho e aperto os braços - grito num arrepio!
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